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A vida no espaço causa perda óssea drástica em astronautas

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Astronauta

A corrida espacial está em um momento delicado e que pode mudar a forma da humanidade se estabelecer. Isso porque o foco atual é colonizar outros planetas com o intuito de diminuir o desgaste da Terra. Isso é tudo muito recente e muitas barreiras físicas e biológicas tornam esse desafio extremamente difícil.

As agências espaciais já enviam astronautas à décadas em exploração do espaço, com isso podemos ter base de algumas consequências da vida no espaço. Um estudo recente da revista Scientific Reports revela que a estrutura óssea de astronautas expostos ao ambiente espacial sofre graves consequências.

Segundo esse estudo, quando expostos à gravidade muito reduzida em comparação com a da Terra, os astronautas tem perda de massa óssea que equivale à decadas de vida de um habitante comum que vive em nosso planeta. Os dados analisados para chegar nessa conclusão são de homens e mulheres que atuaram pela NASA, ESA e agências espaciais do Canadá e Japão.

Uma equipe cujo o líder é Steven Boyd (diretor do McCaig Instituto de Saúde Óssea e Articular, do Canadá) analisou a tíbia, que é o principal osso de suporte do corpo e fica na perna e o rádio, osso do antebraço, para verificar a densidade óssea. O resultado dos estudos apontam que mesmo após um ano de uma viagem espacial, a recuperação da massa óssea não é completa.

16 astronautas submetidos à analise, perderam até 2,1% da massa óssea em comparação em análise pré viagem espacial. Os resultados apresentam que quanto maior a permanência em áreas com menor gravidade, mais perda óssea acontece. Leigh Gabel, co-autor do estudo, afirma que já sabia que os astronautas tem perda de massa óssea em viagens espaciais longas, a novidade é que essa análise acompanhou os astronautas durante um ano em regresso para a Terra e pode conferir a recuperação dos ossos.

Leigh informa que os astronautas com viagens espaciais de seis meses de duração, tiveram perda óssea relativa a adultos com idade avançada e em período de vinte anos na Terra. Após um ano do retorno, a recuperação foi na média de metade da perda.

Viagens para Marte com humanos precisam ter os riscos à integridade física mais estudados

A ida para Marte com humanos terá tempo de duração muito maior que seis meses. Por isso é preciso avaliar com cautela os riscos para os viajantes, pois além das consequências físicas, o psicológico também é afetado, principalmente pelo longo período dentro de uma nave.

Guillemette Gauquelin-Koch, chefe de medicina espacial do CNES, afirma que em um ambiente de microgravidade (ausência de peso) mesmo quando um viajante espacial pratica exercícios físicos durante duas horas diariamente, as consequências ao corpo são as mesmas se ele estivesse deitado 22 horas por dia na Terra.


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