Os órgãos reguladores da UE aprovam a compra da Activision Blizzard pouco tempo após os reguladores do Reino Unido serem contra.
A União Europeia entendeu como plausível a negociação pelo compromisso que a Microsoft fez sobre os jogos em nuvem. Segundo os reguladores da UE, a Microsoft “não teria incentivo para se recusar a distribuir os jogos da Activision para a Sony” , “mesmo que a Microsoft decidisse retirar os jogos da Activision do PlayStation, isso não prejudicaria significativamente a concorrência no mercado de consoles”.
Mesmo com essa concordância, os reguladores da União Europeia tem a mesma preocupação que os do Reino Unido quanto aos jogos em nuvem. Essa preocupação foi suprida com a oferta de 10 anos que a Microsoft ofereceu aos concorrentes. Dentro dessa oferta, os usuários da UE poderiam usar “qualquer serviço de streaming de jogos em nuvem de sua escolha” para os atuais títulos e futuros.
“Nossa decisão representa um passo importante nessa direção, ao levar os jogos populares da Activision a muito mais dispositivos e consumidores do que antes, graças ao streaming de jogos na nuvem” , “Os compromissos oferecidos pela Microsoft permitirão pela primeira vez o streaming de tais jogos em qualquer serviço de streaming de jogos em nuvem, aumentando a concorrência e as oportunidades de crescimento.”, disse disse Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da política de concorrência na Comissão Europeia.
Essa aprovação da compra da Activision Blizzard pela Microsoft torna a negociação ainda mais imprevisível, pois aconteceu pouco tempo depois de os órgãos reguladores do Reino Unido não aprovarem. A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) foi contra a compra por acreditar que os jogos em nuvem seriam muito afetados pela efetivação da compra.
A Microsoft trabalhou duro para ter argumentos sobre as dúvidas dos órgãos reguladores sobre os jogos em nuvem. Entre as estratégias, a empresa assinou acordos de distribuição de seus jogos para vários concorrentes, como a Nvidia e o Call of Duty para a Nintendo no final do ano passado. Entre os demais jogos que fazem parte dos atuais compromissos da Microsoft quanto os jogos em nuvem, estão o World of Warcraft e mais jogos da Activision Blizzard no caso da aprovação da compra pelos reguladores.
O CMA acredita que se a compra for concluída, a Microsoft controlaria cerca de 70% do mercado de jogos em nuvem, sendo o Call of Duty, World of Warcraft e Overwatch alguns dos motivos disso. A Microsoft recorreu da decisão do CMA, porém o processo poderá levar meses para ser decidido.
Mesmo com esse impasse, a UE ter aprovado a compra é um grande passo para negociação importante ser aprovada, porém, além do Reino Unido, ainda sofre recusa dos Estados Unidos. Entre os órgãos que aprovaram a compra está o do Brasil. Os demais são Chile, Arábia Saudita, Sérvia, Japão e África do Sul. Já os reguladores da China, Coréia do Sul, Nova Zelândia e Austrália estão analisando os dados para darem uma resposta.
Após a aprovação da União Europeia, o CMA emitiu um comunicado no Twitter onde é dito que “As autoridades de concorrência do Reino Unido, dos Estados Unidos e da Europa são unânimes de que essa fusão prejudicaria a concorrência nos jogos em nuvem”, o que demonstra que sua posição se mantém.
“As autoridades de concorrência do Reino Unido, dos EUA e da Europa são unânimes em afirmar que essa fusão prejudicaria a concorrência nos jogos em nuvem. A CMA concluiu que os jogos em nuvem precisam continuar como um mercado livre e competitivo para impulsionar a inovação e a escolha neste setor em rápida evolução.”, escreveu o CMA.
Minha paixão por gadgets começou em 1999 com um icônico Nokia 6160, presente de meu irmão. Meu primeiro PC, que chegou em 2001, foi um grande passo para a minha vida digital, navegando desde o Windows 98. Porém, após ter o primeiro notebook em 2006, não consegui largar mão da portabilidade.
Em 2010, comecei a criar sites responsivos, com apreço pelo CSS, o que aumentou minha compreensão da tecnologia. Hoje, como autor do TeorTech, utilizo minha experiência para fornecer análises detalhadas e recomendações sobre os mais recentes dispositivos tecnológicos.
Perfis pessoais nas redes sociais: