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Reino Unido barra compra da Actvision Blizzard pela Microsoft. Entenda o desfecho

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Recapitulando, a Microsoft fez em uma oferta irrecusável em 2022 pela Activision Blizzard, onde prometeu US$ 68,7 bilhões para adquirir a produtora.

Venda da Actvision Blizzard pela Microsoft bloqueada por CMA do Reino Unido
Montagem feita com personagens da Activision Blizzard, logo da Microsoft e da Actvision Blizzard

Caso a venda fosse concluída, a Microsoft seria dona de uma extensa lista de jogos já prontos, como os populares Call of Duty e World of Warcraft, além de ter a disposição inúmeros profissionais de ponta para criar novos títulos.

Essas grandes vantagens quanto aos concorrentes ligou o alerta de órgãos reguladores, o que aumentou após a Sony argumentar incansavelmente contra a venda.

Depois de muito embate, finalmente saiu a decisão ontem, dia 26 de abril, onde após três meses de análise, o CMA (Competition and Markets Authority / Autoridade de Concorrência e Mercados) do Reino Unido decidiu não autorizar que a compra da Activision Blizzard fosse feita pela Microsoft.

Principais motivos do CMA do Reino Unido não autorizar a compra da Actvision Blizzard pela Microsoft

Todo mundo sabia que esse desfecho decepcionante para a Microsoft era possível, porém muitos acreditavam não ser provável. A análise foi longa e revisou as possíveis consequências se caso a Microsoft tornasse alguns jogos populares exclusivos do Xbox, como Call of Duty e World of Warcraft, e principalmente da influência que a venda dessa grande produtora geraria nos jogos em nuvem.

No relatório final isso ficou explícito, o CMA afirma que o sucesso da negociação entre Microsoft e Activion Blizzard seria um risco para o crescimento do mercado de jogos em nuvem. A Microsoft, como era de esperar, não concorda com a decisão e disse que ela atrapalha a inovação.

Sobre a exclusividade, o vice-presidente da Microsoft defendeu a empresa dizendo que mesmo sem saber se a negociação seria aprovada, ela já tinha assinado contratos para disponibilizar os jogos da Activision Blizzard em mais de 150 milhões de dispositivos. Ele ainda disse que a MS está “particularmente desapontada porque, após longas deliberações, a decisão segue um entendimento falho deste mercado”.

Em um tweet, Smith afirmou que “Continuamos totalmente comprometidos com nossa aquisição com @ATVI_AB [conta da Activision Blizzard no Twitter] e vai apelar da determinação de hoje da CMA. Aqui está a nossa declaração.”

A Activision Blizzard também manifestou descontentamento, e disse que a decisão é um “desserviço aos cidadãos do Reino Unido que enfrentam perspectivas econômicas cada vez mais terríveis” e que “o relatório da CMA contradiz os esforços do Reino Unido para se tornar um país atraente para estabelecer empresas de tecnologia”.

Sobre os jogos em nuvem, a Microsoft é dona de uma das maiores plataformas do setor, a Xbox Cloud. O receio do CMA em aprovar a negociação certamente está principalmente na possibilidade de a Microsoft acreditar que seria positivo financeiramente tornar os principais jogos da Activision Blizzard nesse serviço.

Microsoft irá recorrer da decisão com ajuda da Activision Blizzard

Brad Smith já informou que a Microsoft irá recorrer da decisão. Junto a isso, o CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, disse em comunicado que irá ajudar esclarecer para os órgãos reguladores que a venda da produtora beneficiará não só os envolvidos diretamente na negociação, mas também o mercado de jogos virtuais.


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