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Nomes como Unilever e Nestlé usarão IA em anúncios para economizar e aumentar produção

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A Inteligência artificial generativa avança a passos largos dia a dia. Ela é capaz de criar imagens elaboradas e com tanta criatividade que parecem serem feitas com intervenção direta de um humano. Além disso, ela consegue criar textos informativos e até mesmo músicas.

propaganda Unilever TRESemmé
Propaganda da TRESemmé, marca da Unilever

Pensando nisso, grandes empresas como a Unilever e a Nestlé investem no desenvolvimento de tecnologias da inteligência artificial baseadas em códigos como do ChatGPT e Dall-E, para criarem anúncios de forma mais rápida e mais barata do que os tradicionais, feitos por editores humanos.

Criar publicidade com IA ainda reúne novas estratégias, porém muitas empresas de marketing acreditam que elas resultarão em grande economia e também em diversas possibilidades criativas, como foi divulgado pela agência Reuters. Isso porque após ter o código de uma plataformas pronto, não é necessário obrigatoriamente recorrer a especialistas em design, elaboração de textos e outros profissionais com grande capacitação para a criação de peças publicitárias.

Caso essa postura se solidifique, vários setores do meio criativo devem ser afetados, pois só a Unilever reúne 400 marcas com atuação em 190 países. Entre essas marcas encontramos a TRESemmé, Axe, Omo, Dove, Rexona, Hellman’s, e Brilhante.

Foi divulgado que a WPP, considerada a maior agência de publicidade do mundo, está empenhada em usar IA generativa em campanhas de várias empresas, entre elas a própria Nestlé, e outras como a Mondelez, que é fabricante da Oreo.

A WPP já fez uma campanha para a Mondelez na Índia usando IA, com a participação do astro de Bollywood, Shah Rukh Khan. Esse trabalho foi para divulgação da Cadbury, onde foram criados anúncios que mostram o ator solicitando que os transeuntes façam compras em 2 mil lojas locais durante o Diwali (festa religiosa hindu).

O CEO da WPP, Mark Read, disse em entrevista que “A economia pode ser de 10 ou 20 vezes. Em vez de enviar uma equipe de filmagem para África para filmar um anúncio, criamos isso virtualmente.”.

Mesmo que os ganhos para as companhias sejam praticamente inquestionáveis, algumas questões sobre o avanço da inteligência artificial preocupam muitas pessoas, como o desaparecimento de profissões. Sobre isso, Read disse que “é muito mais fácil pensar em todos os empregos que serão interrompidos do que em todos os empregos que serão criados”.

Outro fato ainda não muito claro sobre o uso de IA de forma comercial é em relação aos direitos autorais, isso porque essa tecnologia se baseia em conteúdos já postados na web para aprender a criar novos. A Unilever mesmo está preocupada quanto os direitos autorais, propriedade intelectual, privacidade e dados, como informou Aaron Rajan, vice-presidente global da Go To Market Technology.

A empresa trabalha também para que sua tecnologia não crie publicidade que contenha preconceitos, como os de estereótipos de raça e gênero, isso porque é muito difícil filtrar os dados usados para treinar plataformas com IA generativa.

“Garantir que esses modelos, quando você digita em certos termos, voltem com uma visão não estereotipada do mundo é realmente crítico”, disse Rajan.


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